A MAIOR FESTA PLANETÁRIA

 

A Copa do Mundo não só está acontecendo, como com maior sucesso que o esperado.  Trata-se da maior e mais democrática festa do planeta, que a todos permite participação, um estímulo ao respeito entre etnias, raças, povos.
No campo, nos estádios, nas praças e locais públicos de todos os países, bilhões de pessoas torcem ou apenas admiram a técnica ou esforço dos jogadores. Sabe-se lá porque o futebol se tornou tão popular, um esporte entre tantos outros aparentemente mais complexos e completos.
Os maiores derrotados são os que apostaram no caos, na impossibilidade do Brasil organizar algo tão grande.  Além de indigentes culturais e mentais que queriam quebrar estações do metrôcomo forma de “protestos”, tiveram os políticos, que em tudo apostam conforme seus interesses partidários e a imprensa. Para alguns nada ficaria pronto, outros preferiram calar, deixando uns poucos, a presidente Dilma entre eles, sozinha, dizendo que haveria sim, a Copa. Entre os mais pessimistas estava à imprensa, inclusive a internacional, e as embaixadas dos EUA e Inglaterra, que recomendaram que os turistas não viessem para o Brasil, pois correriam perigo de vida. Forte pressão também veio da mídia interna, que ainda dá mais atenção à manifestação de 200 gatos pingados em alguma cidade (algo como a torcida do Flamengo da Vila Carrão) do que a milhões de pessoas que comemoram nas ruas, estádios e nas fan fests.
Os turistas aqui estão, mais de 600 mil passeando, gastando e gostando do país. Milhares de chilenos, japoneses, coreanos, africanos, e holandeses… Seriam o dobro se não fosse à campanha terrorista. Mas importante mesmo, é o fato que bilhões de terráqueos (falam em mais de 3 bilhões) acompanhando os jogos pela TV, envolvidos por emoção e admiração.
Como já argumentei em artigo anterior, o país perde bem mais de US$ 2 bilhões por mês na balança turística, apesar das suas decantadas maravilhas (em abril foram US$ 2,34 bilhões). Os brasileiros, inclusive muitos que marcharam contra a Copa, gastam no exterior, a cada dois meses, mais do que se gastou nos estádios para os jogos.
Tão importante como realizar a Copa, e como ganhar a Copa, é a imagem que o país está enviando para o exterior, de competência e capacidade de realizar um grande evento, de manter a ordem, mobilizar a sociedade, de construir infraestrutura para receber com respeito e carinho e permitir que circulem pelo país, milhões de turistas (somemos os domésticos). Por todo o planeta as pessoas estão sabendo mais de São Paulo, Manaus, Campo Grande e etc., nosso povo, e nossas belezas naturais. Isto ajudará a aumentar o fluxo turístico para o país. Se 0,001% das pessoas que estão vendo os jogos pela TV concretizarem o desejo de conhecer o Brasil nos próximos anos, já teremos outra grande vitória, acabaremos com o déficit referido, os brasileiros que gostam podem continuar fazendo compras em Miami.
O sucesso da Copa não significa que não se tem que apurar as acusações de corrupção ou desperdício, tanto como a de violência nas ruas, no devido tempo, devido lugar, pelos devidos métodos e instituições, com base na legislação existente em nosso Estado Democrático de Direito.  Nem deixar de se estudar e debater como conter as exigências abusivas da FIFA, verdadeira máfia, que agora serão dirigidas contra os demais países que se propuserem a fazer as próximas Copas. Ao contrário, a festa tem que ser completa.
Percival Maricato
Presidente Abrasel SP